sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Sem salário justo, é melhor realizar trabalhos pouco desafiadores por: Afonso Bazolli

Sem salário justo, é melhor realizar trabalhos pouco desafiadores

por: Afonso Bazolli
em: Gestão
fonte: Valor Econômico
14 de janeiro de 2014 - 19:25
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A maioria das pessoas gostaria de ter um trabalho desafiador e estimulante – mas não a qualquer custo. Esse limite, segundo um novo estudo da Fuqua School of Business, é ganhar um salário que seja compatível com o esforço exigido.
Os resultados de três experimentos feitos por professores da escola, que faz parte da universidade americana de Duke, sugere que quando confrontadas com duas oportunidades de trabalho – uma considerada mais estimulante e outra mais chata – as pessoas reconhecem que uma traz mais satisfação ao avaliar apenas o trabalho a ser feito. No entanto, quando questionadas sobre o salário que ganhariam nas duas opções, elas dão preferência para o trabalho que paga um valor mais coerente com a função – mesmo que esse emprego seja considerado mais chato.
Em um dos experimentos, estudantes tiveram que escolher entre resolver um problema por cinco minutos ou observar outras pessoas, sem fazer nada. A maioria (66%) achou o primeiro trabalho mais interessante e agradável, mas apenas 18% aceitaram fazê-lo recebendo menos ou o mesmo do que pago pelo “trabalho” de observar os outros.
Em outro estudo, participantes tiveram que escolher entre dois empregos temporários em um festival cultural: um de organizador, que teria que promover o evento, arrumar o local depois e acompanhar os artistas, e outro de monitor, onde teria apenas que avisar um segurança de algum risco, se necessário. A grande maioria dos entrevistados (82%) admitiu preferir o trabalho de organizador, no entanto quase metade deles (36%) só aceitariam o emprego se pagasse mais do que o de monitor.
Para um dos autores do estudo, Peter Ubel, as pessoas sentem necessidade de receber uma remuneração condizente com o trabalho feito, independentemente da satisfação encontrada no emprego. “No momento em que você apresenta a questão financeira para as pessoas, esta se torna uma preocupação primária, e elas passam a basear a decisão de aceitar um emprego no que eles consideram um pagamento justo pelo trabalho, ao invés de aspectos não-monetários como o valor social ou se o trabalho é interessante”, diz.

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